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Interface Intuitiva

Uma interessante discussão vem surgindo em alguns grupos na internet

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O termo “intuitivo” é bastante utilizado quando falamos de interfaces, mas o que exatamente quer dizer construir uma interface intuitiva?

Afinal, o que é a intuição?

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Para Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço, a intuição é uma capacidade interior de perceber possibilidades, com base em um histórico de percepções e relacionamentos do indivíduo com o mundo.

Kant vê a intuição como o conhecimento que se relaciona imediatamente com os objetos, ou seja, que mostra realidades singulares e que não depende da abstração, ou seja, é aquilo que se sabe, sem precisar deduzir para concluir.

De acordo com o dicionário Aurélio, o termo intuição remete ao s.f. Conhecimento claro, direto, imediato da verdade sem o auxílio do raciocínio. / Pressentimento; faculdade de prever, de adivinhar: ter a intuição do futuro

Podemos concluir que a intuição está relacionada a um histórico de percepções de mundo. De um modo geral, as pessoas criativas são mais intuitivas e têm facilidade de entrar em contato com as emoções e com a imaginação. Através da leitura, curiosidade, e da sede de conhecimento, elas processam rapidamente as informações, relacionando automaticamente as experiências passadas às informações importantes e ao momento presente.

Esse é um fator a ser levado em consideração ao projetar uma interface para público alvo que pode ser considerado ou não criativo. A máxima “não me faça pensar”, pode ser aplicada para usuários com uma educação formal, que bloqueia a manifestação do lado intuitivo e subjetivo do sujeito. Assim é fundamental aumentar a quantidade de conhecimento por meio de leituras diversas e das mais variadas formas de aprendizagem. Não é de se estranhar que os aplicativos com maior número de interações “inovadoras” sejam aqueles relacionados a música, artes e heavy users de internet. Eles estão bem mais propensos a aprender e deduzir gestos novos.

Então, sim, ensinar novas interações é importante, mas o modo como projetamos essas novas interações devem ser conduzidas por intuições características de um determinado tipo de usuário.

“Não seja tão duro consigo mesmo, e não pare de fazer algo interessante, só porque você tem que mostrar a alguém como usá-lo. Não reprima a inovação e gestos interessantes”.

Nós trabalhamos assim, construindo interfaces amigáveis e intuitivas